Amar e Acolher

Formação em Educação Parental

Como os estímulos internos e externos influenciam o contexto familiar.

“A família é um organismo vivo”, afirmava o biólogo Humberto Muturana.

Nesse sentido a engrenagem familiar muda conforme os estímulos que recebe. Quando entendi mais sobre esse tema, uma chave virou por aqui.

Eu sou Jucelles Dumont, mãe da Laura (8 a) e da Luísa de (6 a), esposa do Lucas, Pedagoga e Educadora Parental.

Antes de mais nada precisamos entender o que são os estímulos internos e externos.

  • Estímulos Internos: são ações e reações sentidas por cada indivíduo de determinada família.
  • Estímulos Externos: são todos os fatos e acontecimentos que esta família sofre vindo dos organismos externos, a sociedade.

A história conta que a instituição família sofreu vários estímulos que foram moldando-a até chegarmos às tantas estruturas que temos hoje. Pai, mãe e filhos é o modelo tradicional que variou para avós, pais e filhos; mãe e filhos, pai e filhos, dois pais e filhos, duas mães e filhos entre tantas outras configurações existentes.

O desenvolvimento dos indivíduos será influenciado pelos estímulos sofridos.

Para compreender melhor essa relação: estímulos X indivíduo, vamos retomar alguns contextos históricos: 

As crianças, quando nasciam, eram envoltas em faixas, coeiros e diversos outros tecidos. Ficavam imóveis por vários meses e iam desenvolvendo os movimentos, fala, engatinhar, muito lentamente, comparado aos dias atuais. As mulheres grávidas moravam, em grande maioria em comunidades rurais, respiravam a calmaria, o silêncio, dormiam cedo e comiam alimentos naturais. 

Hoje ouvimos dizer que “as crianças estão mais espertas”, andam, falam muito mais cedo e “sabem de tudo” quando as comparamos às crianças de antigamente que eram muito mais tímidas, acanhadas. Você já parou para pensar que as crianças são super estimuladas nos dias de hoje?     

Podemos entender as crianças que rotulamos como agitadas, nervosas, falantes, espontâneas, inteligentes e até como sem educação, como crianças reagindo a tantos estímulos externos que recebem hoje. Quando os índices apontam o crescimento das taxas de crianças que nascem com patologias, distúrbios e transtornos também.

Mergulhadas nas telas, na agenda cheia de tarefas para sanar a falta dos pais, as crianças falam muito mais cedo, andam e conseguem fazer atividades que antigamente não era possível. Interagem muito mais, perguntam de tudo e tem sempre as respostas na ponta da língua. Somos surpreendidos vez em sempre por ações e colocações feitas por elas, que “nos deixam de boca aberta”. 

Nesse sentido é preciso nos atentar para os estímulos que dispensamos a todos que convivemos, especialmente a nossos filhos e, claro aos estímulos que recebemos. Se temos uma relação saudável, nossos filhos desenvolverão relacionamentos saudáveis, do contrário desenvolverão relacionamentos doentes.

Pais que chegam em casa cansados, estressados pelo dia de trabalho, não tem tempo e ignoram os filhos, tendem a levar seus relacionamentos familiares ao fracasso. Estarmos atentos e sabermos lidar com eles é que determinará nosso equilíbrio interno e de nossa família, essa engrenagem viva.

Sendo assim, para manter um ambiente saudável, com estímulos adequados devemos:

  1. Ter uma rotina organizada que envolva todos os membros da casa;
  2. Ter uma comunicação não violenta, baseada na escuta e acolhimento das demandas das crianças e adolescentes;
  3. Saber as necessidades da criança ou adolescente;
  4. Conhecer as fases do desenvolvimento infanto-juvenil;
  5. Ter tempo de qualidade com seus filhos;
  6. Fortalecer crianças e adolescentes emocionalmente para juntos, conseguirem lidar com os estímulos externos.

Seguindo essas ações consegui ressignificar nossos relacionamentos internos e tenho fortalecido nossa família para absorver os estímulos externos. Desejo que seja útil para você e sua família. Interaja no artigo e deixe seu comentário. Grande abraço.

Jucelles Dumont

Jucelles Dumont

Sou pedagoga, life e selfie coach pelo Instituto Brasileiro de Coaching - IBC, Educadora Parental em formação, facilitadora da Jornada das emoções para Pais, das Oficinas das Emoções pela Amar e Acolher - A&A e Especialista em adolescentes pela Parent Coaching Brasil.

Sou Idealizadora do Programa Laços de Família.

"Minha missão é conduzir famílias contribuindo para a formação de crianças e adolescentes fortes para o mundo. "

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